Sejamos honestos: por muito tempo, a pós-graduação foi vista como uma corrida de resistência. Quem aguentasse mais pressão, publicasse mais artigos e dormisse menos, “vencia”. Mas o jogo mudou. E precisava mudar.
Nos dias 1º e 2 de dezembro, a PRPG não realizou apenas mais um evento. O 7º Colóquio de Avaliação do Sistema de Pós-Graduação colocou o “elefante na sala”: de que adianta um currículo Lattes pesado se a mente do pesquisador não aguenta o tranco?
Com o auditório do CRTI lotado, discutimos o futuro do PNPG 2025–2029, a estabilidade das avaliações da CAPES e, crucialmente, como a Lato Sensu, Stricto Sensu e a Saúde Mental são pilares centrais dessa nova era.
Aqui está o que você — seja mestrando, doutorando ou especialista em formação — precisa saber.
Criatividade requer Sanidade: A Saúde Mental no Centro
A primeira grande provocação veio do professor Alexander Moreira Almeida (UFJF/NUPES). Esqueça a ideia romântica do “gênio atormentado”. A ciência moderna e a especialização profissional de alto nível exigem clareza cognitiva.
O recado foi direto: o bem-estar psicológico não é um “bônus” ou “soft skill”; é infraestrutura básica para a permanência e o desempenho. Sem saúde mental, não há inovação. Se você está na Pós, entender seus limites é tão importante quanto entender sua metodologia.
O Lato Sensu e a "Ciência da Vida Real"
Embora muito se fale sobre Mestrado e Doutorado, as diretrizes apresentadas pela professora Dalila Andrade Oliveira (CNPq) sobre o novo Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) trazem uma mensagem poderosa que ressoa diretamente na Lato Sensu.
O novo ciclo exige:
- Solução de problemas reais: a academia não pode mais falar apenas para si mesma.
- Integração e Impacto: o conhecimento deve sair das teses e virar solução no mercado e na sociedade.
É aqui que o aluno de Especialização (Lato Sensu) brilha. Vocês são a ponte imediata entre a teoria acadêmica e a prática do mercado. A valorização da “responsabilidade social” e da “internacionalização” coloca os cursos de especialização da UFG em uma posição estratégica: formar profissionais que resolvem dores contemporâneas, não apenas teóricos de gabinete.
O Fim da "Métrica da Vaidade"
Você já sentiu que estava produzindo conteúdo apenas para cumprir tabela? O Comitê de Integridade Acadêmica (CIA) da UFG, representado pelos professores Fernanda Nora e Daniel de Brito, tocou nessa ferida.
A crítica foi cirúrgica: “Tropeçamos quando olhamos somente as métricas das revistas”.
A nova diretriz é qualidade sobre quantidade. Seja no seu TCC de especialização ou na sua tese de doutorado, a pergunta agora não é “quantas páginas tem?”, mas sim “isso é ético, íntegro e relevante?”. A estabilidade no sistema de avaliação da CAPES, apresentada pela professora Solange Fiuza, reforça que o planejamento estratégico vale mais que a correria desenfreada por números.
O Que Isso Muda Para Você?
O 7º Colóquio deixou claro que a UFG não está apenas “seguindo regras”, mas construindo uma cultura de maturidade acadêmica.
Para você que faz ou pretende fazer uma Pós (Lato ou Stricto) na UFG, o cenário é promissor:
- Mais Humanidade: Um ambiente que começa a valorizar quem você é, não só o que você produz.
- Mais Previsibilidade: Regras de avaliação mais claras e estáveis.
- Mais Conexão: Uma formação orientada para o impacto real na sociedade.
A pós-graduação não precisa ser um pesadelo solitário. Ela deve ser o trampolim da sua carreira. E na UFG, estamos ajustando as molas desse trampolim para você pular mais alto, com segurança.



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